Catedral de Água

Catedral de Água

Vitrais orgânicos que respiram. A madeira que se tornou templo.

Origem do Nome

A peça Catedral de Água nasce do encontro entre a solidez da madeira e a fluidez dos desenhos que ela guarda em sua superfície. Essas linhas, chamadas de "catedrais" na carpintaria, surgem como verdadeiros vitrais orgânicos: ondulam, se expandem e se encontram de forma irregular, como se a madeira tivesse registrado em si o movimento da água.

Ao mesmo tempo, a escultura traz uma imponência silenciosa, lembrando as colunas de uma catedral, mas substituindo a rigidez da pedra pela poesia líquida. A madeira aqui não é estática: pulsa, respira, reflete vida. Cada curva do veio é uma corrente, cada variação de tom é uma onda.

O exterior, em amarelo claro, sofisticado e luminoso, adiciona contraste e contemporaneidade. Ele veste a peça como se fosse luz incidindo sobre o interior, reforçando a sensação de que essa obra é tanto um receptáculo quanto um espaço sagrado de contemplação.

Catedral de Água simboliza a espiritualidade que existe no orgânico, no imperfeito e no natural. Não é uma catedral feita de mármore ou vitrais artificiais, mas sim de veios e curvas que só a passagem do tempo e a força da natureza poderiam esculpir. É uma celebração da madeira como memória viva, da água como movimento e da criação como gesto de respeito e reverência.

Catedral de Água - imagem 2
Catedral de Água - imagem 3
Catedral de Água - imagem 4

Sobre a Peça

Há peças que nascem de uma calma impossível. "Catedral de Água" é uma delas uma madeira que carrega no interior um desenho sagrado, quase litúrgico. Os veios formam arcos, corredores e abóbadas, como se o tempo tivesse esculpido nela um templo submerso.

Do lado externo, o gesto é contido, simétrico, meticuloso. A superfície amarela, texturizada por centenas de incisões manuais feitas na goiva, reproduz o ritmo da chuva sobre a pedra um relevo que vibra entre a luz e a sombra, entre o toque e o olhar. É uma pele viva, onde cada sulco revela o trabalho paciente da mão humana sobre a matéria ancestral.

Por dentro, o silêncio da madeira fala. A "catedral" que repousa no cerne, é líquida, ondulante, e parece mover-se quando a luz a toca. Há nela uma pureza natural que contrasta com a geometria externa como se a madeira, mesmo domada, ainda insistisse em lembrar sua origem selvagem.

Detalhes Técnicos

Dimensões
45cm x 30cm x 20cm
Matéria-prima
Madeira nobre com veios em "catedral"
Acabamento
Amarelo claro + textura manual em goiva

Interessou-se por esta peça?

Converse com a gente